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O que é o mioma submucoso?

Médica mostrando modelo anatômico de um útero
Imagem: Shutterstoc

Formações benignas atingem a camada mais interna do útero

O crescimento acelerado das células que formam as camadas uterinas pode levar ao desenvolvimento de formações benignas chamadas miomas. Os miomas uterinos podem variar em tamanho e quantidade e, de modo geral, afetam pelo menos 50% das mulheres em idade fértil — número que pode chegar a 75% em mulheres com mais de 45 anos.

De acordo com o tipo de tecido uterino em que o mioma se forma, ele pode ser classificado de três maneiras distintas: mioma intramural, submucoso ou subseroso. Neste conteúdo, vamos conhecer um pouco mais sobre o mioma submucoso. Acompanhe a leitura!

O que é o mioma submucoso?

Chamamos de mioma submucoso as formações desse tipo que ocorrem no interior da cavidade uterina, ficando recobertos apenas pelo endométrio. É considerado o tipo mais sintomático de mioma uterino, ainda que seja um dos menos comuns.

Como funciona o útero e onde se localiza o mioma submucoso?

O útero é formado por camadas de tecidos e uma cavidade interna. O tecido muscular mais externo é chamado de serosa, enquanto o mais interno é chamado de miométrio. Recobrindo o miométrio e a cavidade uterina, ainda é formado, em todo ciclo menstrual, um terceiro tecido chamado de endométrio, que é desfeito durante a menstruação caso a fecundação não ocorra.

Os miomas uterinos se formam na serosa ou no miométrio. No caso dos miomas submucosos, essa formação se dá sobre o miométrio e sob o endométrio, ou seja, nas camadas mais internas do útero.

Dessa forma, a exata localização de um mioma submucoso determina sua classificação, que pode ser:

  • Nível 0: quando o mioma está totalmente localizado na cavidade uterina.
  • Nível 1: quando o mioma se encontra no miométrio, mas com mais de 50% na cavidade uterina.
  • Nível 2: quando mais de 50% do mioma está no miométrio.

Quais os fatores de risco do mioma submucoso?

Não existe uma causa específica e certa para determinar o desenvolvimento de um mioma submucoso. No entanto, diversos fatores podem estar relacionados ao desenvolvimento dessa formação, tais como:

  • Exposição constante ou inadequada a determinados hormônios, como a progesterona e o estrogênio;
  • Histórico familiar de miomas;
  • Primeira menstruação precoce;
  • Excesso de peso;
  • Consumo de álcool;
  • Pressão alta;
  • Tratamentos como radioterapia.

Os miomas submucosos apresentam sintomas?

De forma geral, nem todas as mulheres com miomas uterinos têm sintomas. No entanto, como mencionado anteriormente, o mioma submucoso é o tipo que mais comumente traz pacientes com queixas sintomáticas aos consultórios médicos.

Entre os principais sintomas do mioma submucoso, podemos destacar:

  • Sangramentos anormais, mesmo fora da menstruação;
  • Aumento do fluxo sanguíneo durante a menstruação ou períodos menstruais que duram mais que o normal;
  • Dores e desconforto intenso na região pélvica;
  • Cólicas uterinas;
  • Dor nas costas;
  • Dores durante as relações sexuais;
  • Aumento da frequência urinária.

É importante lembrar que nem todas as mulheres com mioma submucoso terão todos os sintomas destacados acima. A manifestação dos sintomas e sua gravidade dependem da extensão e da quantidade de miomas uterinos presentes.

Como os miomas submucosos são diagnosticados?

O diagnóstico do mioma submucoso não é tão fácil, principalmente porque os sintomas, a princípio e quando ocorrem, podem indicar diversas outras doenças e alterações pélvicas e do aparelho reprodutor feminino.

Por isso, ao analisar a história clínica e sintomática da paciente e fazer um exame físico inicial, o ginecologista deve solicitar exames para confirmar o diagnóstico e descartar outras possibilidades. Entre os exames que podem ser feitos, os mais comuns são a ultrassonografia (comum e transvaginal) e a histeroscopia diagnóstica.

Por meio desses exames, é possível não apenas diagnosticar o mioma submucoso, mas classificá-lo de acordo com a sua localização e determinar sua gravidade para que a paciente seja encaminhada ao tratamento mais adequado para o seu caso.

Quais são as opções de tratamento?

O tratamento inicial para miomas submucosos sem gravidade pode ser o medicamentoso, com o intuito de reduzir o tamanho do mioma, os sangramentos e os sintomas, melhorando a qualidade de vida da paciente. No entanto, na maioria dos casos, o tumor é removido cirurgicamente.

Em que casos o tratamento cirúrgico é indicado?

A cirurgia para remoção do mioma submucoso (miomectomia) é indicada para mulheres que convivem de forma muito incômoda com os sintomas ou que desejam engravidar. O procedimento pode ser realizado por via histeroscópica, ou seja, com o auxílio de um endoscópio que acompanha os instrumentos para remover a lesão.

Esse procedimento é minimamente invasivo e garante à paciente uma recuperação segura e rápida, com mínimas chances de complicações. Em casos mais graves, no entanto, pode ser necessária uma cirurgia mais invasiva e tradicional ou mesmo a retirada do útero (histerectomia).

O mioma submucoso tem cura?

Uma vez que o mioma submucoso é retirado, a paciente se livra do problema. No entanto, nada impede que ele possa retornar no futuro, considerando os fatores de risco para o desenvolvimento da doença. Além disso, os miomas tendem a desaparecer após a menopausa.

Que profissional procurar em casos de mioma submucoso?

Ao desconfiar de que tem um mioma submucoso, é muito importante que você procure um médico ginecologista para avaliar o caso, fazer o diagnóstico e encaminhar ao tratamento. É importante que o tratamento por histeroscopia seja realizado por um ginecologista especialista em cirurgias ginecológicas minimamente invasivas.

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Fontes:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia

Ministério da Saúde