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Cirurgia de retirada do útero: quando é recomendada?

Médico apontando com bisturi para objeto representando um ovário
Imagem: Shutterstock

A histerectomia pode ser indicada como parte do tratamento do câncer, como medida preventiva ou para aliviar sintomas de miomas e endometriose

A histerectomia é a cirurgia de retirada do útero, que pode ser realizada por diversas razões, como miomas, endometriose, câncer ou sangramentos anormais. Existem diferentes tipos de histerectomia, que podem limitar apenas à retirada do útero ou abranger a remoção de estruturas próximas.

A cirurgia de retirada do útero pode ser realizada por diferentes métodos: abdominal, vaginal ou laparoscópico. A escolha do método depende de diversos fatores, incluindo a condição médica específica. É importante entender quando a histerectomia é indicada e como se preparar adequadamente para o procedimento.

Em que casos a cirurgia de retirada do útero é recomendada?

A cirurgia de retirada do útero pode ser indicada em diversos contextos clínicos, sendo um deles como medida preventiva em situações de alto risco para câncer, especialmente em pacientes com histórico familiar ou mutações genéticas associadas à doença. O procedimento também é uma alternativa para o controle de sintomas graves que não responderam aos medicamentos.

Além disso, a histerectomia pode ser utilizada como parte do tratamento para câncer de colo de útero, ajudando a controlar a progressão da doença e a aliviar sintomas. Algumas das condições que podem necessitar da cirurgia de retirada do útero são:

  • Miomas uterinos;
  • Endometriose;
  • Prolapso uterino;
  • Sangramento uterino anormal e fora do ciclo menstrual;
  • Dor pélvica crônica;
  • Doença inflamatória pélvica (DIP);
  • Câncer do útero, do colo do útero, dos ovários ou das trompas.

Como se preparar para a cirurgia de retirada do útero?

A preparação para a cirurgia de retirada do útero inclui a avaliação pré-anestésica e a realização de exames de sangue e de urina para a liberação cirúrgica. Em caso de anemia ou infecção urinária, essas condições devem ser tratadas para minimizar o risco de complicações.

A paciente deve permanecer em jejum absoluto antes do procedimento pelo tempo determinado pelo médico. O uso de antibióticos ou laxantes pode ser indicado, dependendo da necessidade do caso. Além disso, se o especialista julgar necessário, pode ser feita uma biópsia do endométrio antes da cirurgia.

Como a cirurgia de retirada do útero é realizada?

A histerectomia vaginal é uma das técnicas de cirurgia de retirada do útero. Nesse procedimento, o órgão é removido através da vagina, o que permite uma recuperação mais rápida. Porém, a técnica não é indicada quando o útero é muito volumoso ou quando a paciente já passou por outras cirurgias, pois é possível que existam aderências que dificultem a realização.

A histerectomia abdominal é uma técnica utilizada para remover o útero através de uma incisão no abdômen, que geralmente tem cerca de 10 cm de comprimento. Em casos em que o útero é particularmente grande ou se a paciente tem um histórico de várias cirurgias abdominais, a incisão pode precisar ser maior para garantir o acesso ao órgão.

A histerectomia laparoscópica é uma técnica minimamente invasiva, que remove o útero através de pequenas incisões na parede abdominal. O cirurgião introduz uma câmera por esses cortes, junto com os instrumentos, para visualizar o interior do abdômen e guiar a remoção do órgão com maior precisão. Esse método proporciona uma recuperação mais rápida e com menos desconfortos.

Quais são os tipos de cirurgia utilizadas?

O útero pode ser dividido em duas partes principais: o colo uterino e o corpo uterino. A cirurgia de retirada do útero pode ser completa ou parcial. Na histerectomia total, tanto o corpo quanto o colo do útero são removidos. Já na histerectomia subtotal, apenas o corpo do útero é retirado, preservando o colo uterino.

Em casos de câncer do colo do útero, câncer endometrial, câncer ovariano ou outras lesões malignas, pode ser necessária uma histerectomia radical. Além da remoção do útero, são retiradas também as tubas uterinas, os ovários, parte da vagina e estruturas próximas ao útero. Essa abordagem tem o objetivo de eliminar o câncer e reduzir o risco de sua disseminação para outras áreas.

Como é o pós-operatório?

A recuperação após a cirurgia de retirada do útero pode variar dependendo do tipo de histerectomia e da técnica cirúrgica utilizada. Em geral, o período de recuperação pode durar de 15 a 40 dias. Algumas das recomendações que devem ser seguidas na fase pós-operatória são:

  • Fazer caminhadas leves a partir do dia seguinte à cirurgia para evitar coágulos sanguíneos;
  • Manter a ferida operatória limpa e seca;
  • Aguardar entre duas e seis semanas para retomar as atividades cotidianas;
  • Não levantar peso por ao menos quatro semanas;
  • Não praticar exercícios físicos ou ter relações sexuais por 45 dias, no mínimo.

Quais as possíveis complicações?

A cirurgia de retirada do útero pode apresentar complicações semelhantes a outros procedimentos cirúrgicos, como hemorragia e infecção. Outros possíveis riscos incluem lesões no intestino, na bexiga, no ureter, trombose, abertura de ponto, dificuldade para evacuar e infecções urinárias.

O que muda depois da cirurgia de retirada do útero?

Após a cirurgia de retirada do útero, a menstruação não acontece se o útero for completamente removido. Caso apenas o corpo do útero seja retirado, o sangramento menstrual pode ocorrer de forma reduzida. A remoção dos ovários pode provocar menopausa precoce e sintomas típicos. Em qualquer situação, uma das principais implicações é a infertilidade.

A função sexual pode ser afetada, com uma possível diminuição da lubrificação vaginal, embora isso geralmente melhora com o tempo. Algumas mulheres também apresentam incontinência urinária, que costuma ocorrer devido ao enfraquecimento do assoalho pélvico e pode ser tratada com exercícios de fortalecimento.

Para saber mais, agende uma consulta com o Dr. Caio Lett.

 

Fonte:

Ministério da Saúde